Nascidos para correr

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McDougall, era um fã de corridas ao ar livre, sofria com constantes problemas ao fazer exercício. Quando procurou um grande especialista em lesões desportivas, ouviu o diagnóstico definitivo: “O seu corpo humano não foi projectado para esse tipo de exagero”. No entanto, se quisesse uma solução verdadeira, não poderia percorrer apenas laboratórios, mas teria que se embrenhar entre os desfiladeiros mais isolados do México e passar pela maior aventura de sua vida, entre personagens inacreditáveis.

E é neste ponto que a vida do jornalista se transforma para sempre. O livro conta a história dos índios Tarahumara, que habitam a região de encostas e cânions inacessíveis na fronteira mexicana com os Estados Unidos. Eles são os melhores corredores do mundo, superando em muitas vezes a resistência de maratonistas experientes. Com a maior naturalidade, correm o equivalente a quatro vezes uma maratona nos piores terrenos e condições. O problema é que – apesar de viver em perfeita harmonia entre seus membros – não gostam da visita de estranhos que quebrem os seus ritmos de vida.

 

 

Para conseguir o contacto e a confiança da tribo, McDougall precisou de passar por narcotraficantes perigosos e personagens que lembram fantasmas mitológicos do velho oeste. Escrito numa linguagem ágil e vibrante, característica do melhor estilo jornalístico dos grandes repórteres de ação, a publicação tem o vigor da grande aventura aliada a um questionamento profundo. Os índios não parecem ser apenas imunes à dor e ao cansaço ao correr. Eles ainda compartilham de uma sociedade baseada na confiança mútua e nas trocas alegres com uma espécie de cerveja local, num clima de estrema serenidade. Os maiores atletas são também os mais pacíficos e gentis, e aqueles que nunca se machucam na sua actividade...

Dos laboratórios de Harvard às montanhas mais remotas, até onde pode levar uma corrida?

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